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domingo, 8 de maio de 2011

O que está errado na Fisioterapia. Segundo Fisioterapeuta

Nas vésperas de 13 de outubro de 2010 o brilhante profissional fisioterapeuta Paulo Henrique Palácio fez o seguinte desbafo em seu blog: http://sinapseph.blogspot.com/


Dia 13? Prefiro o dia 12, 20 e quem sabe um dia o 18!!!

Dia 13, dia de celebração?

Vejamos:

- Proliferação de cursos em instituições de ensino superior (???) sob a óptica exclusivamente capitalista.

- Para ingressar em um deles, basta fazer como o Tiririca: teoricamente não ser analfabeto (mas se for, não tem problema).

- “Acadêmicos” que no sexto semestre ainda acham que estão no 1° ano de um colégio e se comportam como se estivessem na 5ª série.

- Professores que presenciam junto aos alunos irregularidades ou falta de respeito com a profissão, mas não tomam atitudes, apenas sugerem covardemente que não levem em consideração tais fatos pois os mesmos são “normais” e “irrelevantes”.

- Colegas que ingressam em mestrados e doutorados para se tornarem mão de obra barata de pesquisas de médicos e farmacêuticos desenvolvendo a ciência deles e não a nossa. (a propósito, ela existe?).

- Colegas que são coniventes com essa situação cuja culpa é apenas do conselho e dos planos de saúde, segundo eles.

- Se você chegar em uma dessas clínicas, verá que o tratamento da entorse do tornozelo à paresia decorrente de quimioterapia é o mesmo: TENS, gelo, infravermelho e ultrasom (a ordem depende do aparelho que estiver desocupado no momento. Então para que serve um curso de graduação? Um do senac já seria suficiente).

- E quando um deles consegue um “emprego” de 40 horas semanais ganhando R$ 1.200,00, acha que já atingiu quase o topo da carreira e começa a se acomodar.

- Os cursos de graduação não formam profissionais, mas zumbis, alienados, pessoas fracas que não sabem enfrentar desafios.

- Cursos profissionais tornaram-se nicho de mercado e surgem bizarrices como aprender a utilizar um bambu ou aplicar CO2 pele adentro.

- Mesmo depois de 40 anos, mais da metade da população não conhece seu papel na saúde (e talvez na mesma proporção entre os próprios profissionais). Com todos esses fatos não seria diferente.

Com tudo isso, quem sofre é a população que deixa de se beneficiar do potencial que pode ser oferecido pela profissão. E mais ainda, aqueles colegas que vestem a camisa da fisioterapia, mas que estão prestes a tirá-la devido ao calor de tanta mediocridade!!!

Portanto, o momento não é de festa ou de parabéns. Mas sim de “puxão de orelha”, reflexão e atitude.

Longa vida (ou sobrevida) à essa criança que nasceu pré-termo, à forceps, aspirou mecônio e ainda não consegue andar devido a uma PARALISIA CEREBRAL!!!

Fonte: Blog Fisioterapeia & Saúde (Jornal O Povo)

Texto adaptado por conter informações referentes ao estado do Ceará, os quais não dizem respeito ao nosso estado (Pernambuco). As informações retiradas não mudam o objetivo do texto.

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