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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Robô ajuda a tratar pacientes que não podem andar

Um robô está ajudando quem quer andar e não pode. Como todas as outras meninas de 8 anos, o que Giulia Castilho mais gosta de fazer é brincar. “Na escola, eu pinto, faço prova. Eu gosto de português”, avisa.

Ela tem paralisia cerebral, o que compromete a mobilidade. A menina se identifica com uma personagem da novela Viver a Vida. “Eu gosto da Luciana”, diz Guilia.

Luciana, interpretada por Aline Moraes, é uma modelo que sofreu um grave acidente e agora anda em cadeira de rodas. “O papel da moça da novela está sendo bem claro, bem otimista. E eu vejo que a Giulia meio que se compara”, conta a mãe de Giulia, Paola Castilho.

A rotina é puxada: ecoterapia, hidroterapia e fisioterapia três vezes por semana. Hoje, a Giulia vai experimentar um aparelho novo, e como toda novidade, ele vai dar mais ânimo aos pacientes e deverá acelerar o processo de reabilitação de quem tem dificuldade para andar.

O equipamento, o primeiro a chegar ao Brasil, é fabricado na Suíça, custa quase R$ 2 milhões e foi doado à Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), que não tem fins lucrativos.

“Ela encurta o tempo de terapia. Ela realmente traz um benefício bastante grande, ela é um elemento coadjuvante na terapia, mas que acelera bastante os resultados”, diz o diretor da AACD, Eduardo de Almeida Carneiro.

Primeiro o tronco é todo amarrado a um colete que suspende a pessoa. Depois, o aparelho reveste o paciente, dando suporte para os movimentos.

“Ela vai trabalhar a parte de força muscular e essa troca de passos que a gente precisa automatizar. Comprimento de passo, velocidade, cadência. São todas essas coisas que a gente trabalha na marcha”, explica a médica Alice Ramos.

O exercício estimula a musculatura e dá condicionamento físico. Pode encurtar o caminho para pacientes como Giulia e Edson Barbezan. Dois anos atrás, a bicicleta dele quebrou na estrada. No tombo, ele lesionou a medula.

“Na hora, que você sai dessa máquina a sensação é muito boa. É uma sensação de leveza. Eu espero que ela me leve ao lugar, onde eu comecei, como eu era antes”, diz o serralheiro Edson Barbezan.

Na tela, um vídeo simula nos movimentos que a criança faz durante o treino. “Então, eu vou associar movimentos que o paciente vai fazer no aparelho com os movimentos que vão aparecer na tela”, explica a médica.

A novidade faz sucesso! “Qualquer coisinha que ela faça, por menor que seja, para mim já é uma vitória”, comemora a mãe de Giulia, Paola Castilho.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Antiginástica - Thérèse Bertherat

O que é a antiginástica

Praticar a antiginástica® é embarcar numa viagem através do seu corpo e da história dele. Você descobrirá como, ao longo de sua vida, seu corpo sutilmente se organizou, se protegeu e se adaptou. Aprenderá a ter uma percepção e um conhecimento mais íntimos dele, mais justos, mais autônomos.

Explorar novos territórios

Cada sessão de antiginástica® é uma oportunidade de descobrir, redescobrir ou acordar novas partes de seu corpo. No começo, certos músculos que você tenta movimentar lhe parecem tão estranhos, que você nem mesmo sabe de onde vem o comando para os acionar! Mas, pouco a pouco, uma nova conexão se estabelece entre este músculo desconhecido ou pouco conhecido e o seu cérebro. Seu vocabulário muscular se desenvolve, se enriquece. Você explora novas possibilidades de movimento.

Encontrar a amplitude natural de seus movimentos

No curso das sessões, você aprende como se desvencilhar de uma série de crispações, encurtamentos, dores musculares e articulares que o fatigam, que o comprimem e que reprimem seus impulsos. Seus movimentos, sua respiração retomam a sua amplitude natural.

Como se desenvolve uma sessão?

Numa sessão de antiginástica®, a palavra, a reflexão, a expressão das sensações e emoções têm tanto espaço quanto os movimentos propriamente ditos.

As diferentes etapas de uma sessão:

A primeira fase é um teste que permite perceber com precisão o que, da cabeça aos pés, lhe aperta e limita. O profissional pede que você fique numa posição física precisa, rigorosa e exigente. Uma posição que corresponde à sua integridade anatômica e que exige toda a amplitude de sua musculatura. É uma posição que nunca se faz, que todo mundo evita sempre. Para conseguir ficar nela, o seu corpo repete o que ele faz sempre, mas dessa vez com uma evidência flagrante: ele se torce e se deforma. Um ombro se levanta, uma perna vai para o lado, os dedos dos pés se retorcem. Por quê? Não porque, como se diz comumente, seus músculos estão fracos, mas, ao contrário, porque estão apertados por um excesso de força.
Um bloco muscular formidável faz você se curvar, corta sua respiração, impedem-no, agora de forma bem clara, de obedecer às ordens do seu cérebro, e você não pode mais ignorar esse impedimento.

Na segunda fase da sessão você entra em contato com cada um dos seus nós musculares, os mesmos que o impediam de se mexer e de se desdobrar com elegância e que evitavam deixar a sua musculatura retomar toda amplitude natural de seus movimentos. De grão em grão, fibra por fibra, você começa, suavemente, pacientemente, calmamente, a desenrolar o novelo tão complicado de sua musculatura. Progressivamente, ao longo das sessões, o seu corpo aprende a desmontar as armadilhas nas quais estava preso. Ele se alonga, se posiciona, encontra seu verdadeiro comprimento, sua beleza natural, enfim, sua calma.

Quais são os tipos de movimentos?

Rigorosos e divertidos!

Os movimentos propostos nas sessões são precisos, rigorosos e respeitam o corpo e a fisiologia de cada músculo. São, também, variados, criativos, divertidos, às vezes surpreendentes e até mesmo momentaneamente desconcertantes.

No seu ritmo

Você faz os movimentos no seu ritmo, em função das suas possibilidades no momento e sem preocupação com a performance. Muitas vezes, é até mais interessante “falhar” num movimento e descobrir o que o seu corpo ainda não pode realizar, o que não ousa fazer, o que esqueceu.

Sentir e comparar

Para melhor sentir os efeitos de um movimento, você pode começar a trabalhar um só lado de seu corpo. Isso permitirá que você observe as sutis diferenças de sensações em relação ao outro lado, aquele que ainda não fez nada. O lado que trabalhou de repente lhe parece muito mais confortável, vivo, presente, acolhedor. Então, tudo o que você quer é apenas trabalhar o outro lado também!

Alongar o seu « tigre »

« Você tem um tigre nas suas costas, um tigre poderoso, astuto, belo de se ver », escreveu Thérèse Bertherat no seu livro A Toca do Tigre. O tigre são os músculos situados atrás do seu corpo, que formam uma cadeia ininterrupta, sólida, coerente. Se você tem dor nas costas, não é por falta de força, como normalmente se imagina, mas, ao contrário, por excesso: os músculos do seu tigre trabalham demais. Estão tão apertados, tão contraídos, que impedem os músculos da frente de se mexer. Os movimentos propostos nas sessões alongam e esticam o seu tigre.

Para começar em casa

Se você quiser começar a praticar a antiginástica® sozinho em sua casa, aqui estão dois movimentos propostos por Thérèse Bertherat. Um é para os seus pés. Você precisará de uma bola pequena e dura, tipo bola de bola de totó ou, na falta de opção, uma bola de gude grande. O outro movimento é para os seus olhos. Para fazê-lo, você vai precisar de uma pequena almofada um pouco espessa.





















Uma pequena experiência

Eis aqui uma pequena experiência que você pode fazer em sua casa e que lhe mostrará bem a forma como você vê e sente o seu corpo.

Você se isola num ambiente calmo. Pega um pouco de argila ou massa de modelar (cerca de 250g) de cor neutra e única. Tenha à mão um relógio-despertador ou um cronômetro e o regule para tocar depois de quinze minutos. Você se senta o mais confortavelmente possível e começa a amassar a argila até que fique macia. Você forma uma bola com ela, depois fecha os olhos e começa a modelar um personagem. Mantenha os olhos fechados até o final do trabalho. Um monte de pensamentos passam pela sua cabeça : « Será que vou fazer direito? Estarei à altura? » De que, não se sabe... Deixam-se os dedos, que sabem o que devem fazer, mexer e amassar à vontade.

Ao tocar o despertador, abra os olhos.

A emoção é imediata. Se se é sincero, não se pode ficar indiferente ao descobrir sua criatura. Às vezes, o coração se fecha, tamanho é o sofrimento, que parece pesado demais para se carregar neste minúsculo corpo de argila. O rosto não tem traços, é redondo ou imprecisamente oval e, contudo, não é nem um pouco mais expressivo do que os corpos que se modelam ao se fecharem os olhos. A ternura e a compaixão vêm à tona, como se, de repente, percebêssemos nosso duplo exposto e vulnerável.

Passado o primeiro choque, observe o seu personagem.

A relação entre a cabeça, os membros, o tronco. Olhar a raiz dos membros, a dos braços e a forma dos ombros, se tiver uma. Ver a raiz das coxas, a forma das pernas. Às vezes elas são um só bloco, à semelhança daquele que reclama de estar petrificado no seu passado ou com os pés amarrados. Ver o pescoço e sua forma ou perceber a ausência de pescoço. Coloca-se o personagem de perfil, depois de costas. Ver se ele tem pés ou mãos, seios, um sexo. Ver se o conjunto está em pedaços, feito de peças enjambradas cai não cai... Não o jogue fora tão cedo. Este primeiro personagem é uma testemunha. Com o segundo ou o terceiro, poder-se-á medir o caminho percorrido. Todos terão um ar familiar, poder-se-á ver traços de um pescoço caído ou de um tórax achatado. Mas os traços se apagam pouco a pouco, os braços e as pernas se firmam e o corpo de barro se desenvolve ao mesmo tempo em que se desenvolve o corpo de carne e osso.

Fonte: http://www.antigymnastique.com

Conheça um pouco da anatomia do nosso corpo

Vídeo realizado em exposição sobre o corpo humano. As peças são verdadeiras obras de arte.