Por: Barbara Hetherington
Publicado em: Manual Tharapy
Por ser uma lesão comum, virtualmente todos os  fisioterapeutas já trataram um caso de entorse de tornozelo em algum momento de  suas vidas profissionais. Não se trata de uma lesão reservada aos atletas de  elite e atinge todas as faixas etárias. A maioria dos pacientes com entorse de  tornozelo descrevem uma força de inversão/flexão plantar e acredita-se que o  ligamento lateral, especialmente suas fibras anteriores tenham sido lesadas.
Existem muitas formas diferentes de tratamento de entorse de tornozelo, variando do tratamento caseiro até manejos ortopédicos elaborados. O manejo fisioterapêutico típico destas condições irá incluir gelo, eletroterapia, terapia manual, exercícios ativos, imobilização, e retreinamento proprioceptivo em várias formas. Eventualmente a maioria dos pacientes se recupera, porém há pacientes que continuam a se queixar de “tornozelo fraco” os quais tendem se lesionar novamente.
A abordagem do conceito Mulligan de falha posicional como  resultado da lesão é uma outra opção no manejo das entorses. O manuseio com sucesso de entorses de tornozelo foi  alcançado por meio do tratamento com os princípios e aplicações de “Mobilização  com Movimento” conforme descrito por Mulligan no qual a fíbula distal é  reposicionada posteriormente.
Para o tratamento inicial, o  paciente é posicionado confortavelmente em supino, com um travesseiro de  areia sob a perna. A inversão é geralmente o movimento mais restrito e portanto  o movimento que deve ser recuperado primeiro. O maléolo lateral é deslizado  posteriormente por meio de pressão aplicada pela eminência tenar do terapeuta.  Um pedaço de espuma pode ser posicionado entre a mão do terapeuta e o maléolo do  paciente para maior conforto. Enquanto é sustentado o deslizamento, o paciente  realizava uma inversão ativa.
Garantindo  que este movimento ativo foi livre de dor, é então realizada uma série de 10  repetições. Três séries de 10 repetições são  geralmente para o tratamento inicial. Uma sobrepressão passiva suave pode ser  adicionada aos movimentos ativos do paciente tanto pelo terapeuta quanto pelo  próprio paciente usando uma cinta de terapia manual. A reavaliação dos movimentos de tornozelo geralmente revelavam um  aumento importante da amplitude de movimento de inversão livre de dor.
Em  seguida ao tratamento ativo, cada paciente recebe bandagens. Duas bandagens de  25mm, com aproximadamente 15cm de comprimento são usadas. Um deslizamento  posterior é aplicado para reposicionar a fíbula distal. A bandagem é  aplicada angulada sobre o maléolo lateral de forma que ela envolva o  tornozelo para manter o re-alinhamento posterior da fíbula distal em relação à  tíbia. A segunda parte da bandagem é sobreposta sobre a primeira para aplicar  uma força adicional. Com o apoio da bandagem, o padrão de marcha do  paciente melhora substancialmente e a performance no teste de apoio unipodal  com os olhos fechados é comparável ao do lado não lado afetado. A bandagem é  trocada após 24 horas e em alguns casos é necessário manter a bandagem por um  período superior a 2 semanas.
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